segunda-feira, 7 de maio de 2012

A VIDA RURAL COMO ELA É








O MEIO RURAL COMO ELE É
Zilton Alves de Souza Filho
Engenheiro Agrônomo
Msc em Zoologia

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, entre os anos 1990 e 2002 os nossos produtores agrícolas se descapitalizaram em 44,4%, e na atual década estima-se algo em torno de 50%. Esses números com certeza demonstram a dificuldade dos métodos convencionais de produção agropecuária em produzirem resultados positivos financeiramente aos produtores. Isso se deve principalmente, porque, enquanto os preços dos produtos agrícolas e pecuários se mantém estáveis ou em decréscimo, os preços dos produtos industrializados sobem constantemente. Essa vertente está levando a nossa produção agrícola – tanto vegetal, como animal – a uma situação cada vez mais crítica e, muitas das vezes, insustentável.
Nós precisamos contestar a conduta convencional, oferecendo, por conseguinte novos rumos na produção agrícola. E, são vários os aspectos inovadores, onde se pode destacar: a verdadeira conduta agroecológica, que certamente resultará na produção orgânica.
Sabidamente, os erros cometidos, na maioria dos casos de forma propositada, pelos dirigentes do Brasil, que levaram à dependência, à dilapidação dos recursos naturais, à contaminação dos mananciais hídricos, ao envenenamento dos alimentos, ao empobrecimento do homem no campo, ao inchamento das cidades, ao êxodo rural e às problemáticas conseqüências de abastecimento de água, energia elétrica, alimento, transporte e segurança.
Talvez esse seja o momento ideal para discutirmos uma mudança de paradigma na exploração da atividade agropecuária nacional, e mais especificamente no semiárido, que atualmente vive a problemática da seca, a qual se configura na pior dos últimos 40 (quarenta) anos, voltando-se para implementação de Políticas Públicas de natureza estruturante, regionalizadas e acima de tudo de promoção do desenvolvimento territorial participativo.

Nenhum comentário: