terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PROPOSTA PARA MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DA SECA




A Seca, A Bahia e o Nosso Território do Sertão do São Francisco


Sabidamente, essa tem sido considerada a maior e mais agressiva seca que assolou as terras semiáridas nordestina. Para um momento tão propício quanto esse que estamos vivenciando, que é o da comprovação inequívoca de um 2013 ainda pior que 2012, precisamos externar esforços para promoção do debate a que a sociedade dependente dos recursos naturais espera que assim o façamos e talvez o mais importante: que o façamos de forma propositiva e não através de comoção com a miséria instalada.
Os esforços terão de ser voltados para Políticas Públicas que se tornem eficazes, continuas, inteligentes, sérias e capazes de conduzir a agricultura e pecuária regional como base alicerçar de uma atividade sólida e voltada para o bem estar dos nossos produtores rurais.
Preocupa-me as intervenções que perpetuam a dependência moral, a exemplo da indústria pipeira, da bolsa estiagem, da doação de grãos, do seguro safra e outras que primeiramente não contempla a maioria dos atingidos, mas sim promovem a capitalização cada vez mais de um pequeno grupo, em detrimento dos reais necessitados que são os produtores rurais.

Reservas forrageiras

As reservas forrageiras são essenciais para as criações, em virtude da escassa produção das gramíneas no período de seca que tem atingido catastroficamente o semiárido brasileiro. Estas reservas devem ser compostas preferencialmente por gramíneas e leguminosas, considerando-se o maior aporte protéico propiciado por esta última.
As gramíneas mais recomendadas para capineiras são as variedades de capim elefante (média de 14.050 Kg de M S/ha/ano). Um hectare de milho (média de 16.800 Kg de MS) e sorgo (média de 17.700 Kg de MS), levando-se em conta um fornecimento de 2 Kg. de matéria verde/an/dia num período de 5 meses seriam suficientes para alimentar 80 a 100 animais.
Quanto à reserva de leguminosas, pode-se utilizar a soja perene, mucuna, guandu e/ou cunhã. Em termos de leguminosas, recomendam-se dois hectares/100 animais considerando-se um consumo de 1 Kg/an/dia.

Rebanhos


Caprinos
Ovinos
Casa Nova
681.774
392.750
Curaçá
970.961
593.737
Juazeiro
943.767
1.024.131
Remanso
257.091
305.923
Uauá
614.833
371.140
Total
3.468.426
2.687.681
Portugal
444.000
2.905.700
Fonte: SEBRAE – Programa Bioma Caatinga


Importância Econômica

Renda proveniente da caprinocultura e/ou ovinocultura: 38,8 a 42,4%.
Fonte: SEBRAE – Programa Bioma Caatinga
Ideia

A ideia é de reunir sob caráter de urgência técnicos da CODEVASF, EMBRAPA e Ministério da Integração no intuito de realizar um estudo técnico na área do Perímetro Irrigado do Salitre, em Juazeiro/BA, tendo como objetivo implantar no prazo limite de 3 (três) meses, 300 hectares de milho/sorgo/cunhã forrageiro para alimentação animal, que atenderá os criadores do Território do Sertão do São Francisco, mais especificamente do Bioma Caatinga, onde existe uma população de 192.017 pessoas,  524 coletividades rurais, 46.666 famílias, sendo que 36.718 dessas famílias vivem diretamente da caprinovinocultura e todas distribuídas em uma área geográfica de 29.946 km2.


Desafios

1-    Qual modelo de contratação ou convênio (licitação ou convênio com uma instituição)?
2-    Qual área ou áreas a ser(em) utilizada (s) no Perímetro Irrigado do Salitre?
3-    Qual Associação ou Associações seriam envolvidas?
4-    Como será a Gestão do empreendimento?
5-    Outros a analisar.


Recursos Orçamentários


O Ministério da Integração disponibilizaria recursos necessários para a implantação do sistema de irrigação, implantação da lavoura e logística de distribuição e a Codevasf irá geri-los.