O MEIO RURAL COMO ELE
É
Zilton Alves de Souza
Filho
Engenheiro Agrônomo
Msc em Zoologia
Segundo dados da Fundação Getúlio
Vargas, entre os anos 1990 e 2002 os nossos produtores agrícolas se
descapitalizaram em 44,4%, e na atual década estima-se algo em torno de 50%.
Esses números com certeza demonstram a dificuldade dos métodos convencionais de
produção agropecuária em produzirem resultados positivos financeiramente aos
produtores. Isso se deve principalmente, porque, enquanto os preços dos
produtos agrícolas e pecuários se mantém estáveis ou em decréscimo, os preços
dos produtos industrializados sobem constantemente. Essa vertente está levando
a nossa produção agrícola – tanto vegetal, como animal – a uma situação cada
vez mais crítica e, muitas das vezes, insustentável.
Nós precisamos contestar a
conduta convencional, oferecendo, por conseguinte novos rumos na produção
agrícola. E, são vários os aspectos inovadores, onde se pode destacar: a
verdadeira conduta agroecológica, que certamente resultará na produção
orgânica.
Sabidamente, os erros cometidos, na
maioria dos casos de forma propositada, pelos dirigentes do Brasil, que levaram
à dependência, à dilapidação dos recursos naturais, à contaminação dos
mananciais hídricos, ao envenenamento dos alimentos, ao empobrecimento do homem
no campo, ao inchamento das cidades, ao êxodo rural e às problemáticas
conseqüências de abastecimento de água, energia elétrica, alimento, transporte
e segurança.
Talvez esse seja o momento ideal
para discutirmos uma mudança de paradigma na exploração da atividade
agropecuária nacional, e mais especificamente no semiárido, que atualmente vive
a problemática da seca, a qual se configura na pior dos últimos 40 (quarenta)
anos, voltando-se para implementação de Políticas Públicas de natureza
estruturante, regionalizadas e acima de tudo de promoção do desenvolvimento
territorial participativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário